O projeto “humanitário” do Kremlin: da Rússia com ódio
A
Rússia explora habilmente o tópico da pandemia para fins de propaganda, obtendo
preferências estratégicas da tragédia.
***
Russia skillfully
exploits the pandemic topic for propaganda purposes, getting strategic
preferences from the tragedy.
A
propaganda russa se adapta aos desenvolvimentos em constante mudança com uma
velocidade incrível, alterando rapidamente as próprias narrativas e o campo de
esforços. Muitos exemplos testemunham isso, incluindo o caso MH17, em que uma
versão absurda apresentada pela Rússia substituiu outra, às vezes até
contradizendo a anterior. Por sua vez, o coronavírus permitiu ao Kremlin
iniciar uma guerra de informação em mais um ponto e implantar agentes de
inteligência militar no coração da Europa.
À
medida que a pandemia do COVID-19 se espalhava pelo mundo e tirava mais e mais
vidas, a máquina de propaganda da Rússia trabalhava em duas direções ao mesmo
tempo. O primeiro apresentava uma variedade de notícias falsas sobre
coronavírus e ataques cibernéticos nas clínicas da UE. A segunda foi a
assistência humanitária persistente e bastante insistente aos países afetados
pela pandemia.
Ao
mesmo tempo, devo observar que os russos precisam do apoio de seu governo,
tanto quanto as pessoas na Bérgamo, na Itália, mas Moscovo parece ter surdo os
pedidos dos cidadãos por ajuda. Afinal, neste grande jogo de xadrez disputado
pelo Kremlin, não há lugar para russos comuns, mesmo como peões.
Imagens de uma revolta popular no Poço de gás Chayadinsky, um dos mais importante da empresa "Gazprom" que fornece gás para a China através do gasoduto "Força da Sibéria" |
Enquanto
o novo coronavírus se espalhava pela Rússia – de Moscovo às regiões distantes
do país, a Rússia enviou para a Itália uma missão de “resgate” com equipamentos
que se mostraram 80% inadequados para combater o vírus. A campanha de
propaganda em larga escala do Kremlin em torno da missão obteve algum sucesso,
especialmente considerando que um aliado da OTAN não permitiu em seu terreno
uma equipa de médicos comuns, mas agentes de inteligência militar.
The Kremlin’s “humanitarian”
project: from Russia with hate:
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