O elemento russo na desestabilização dos EUA

Os protestos nos EUA são um dos principais assuntos da propaganda russa e plataformas híbridas nas redes sociais (o chamado “segmento cinza”). O especialista em desinformação on-line Donie O'Sullivan disse à CNN que a Rússia está, é e estará apoiando há muito tempo uma campanha secreta de desinformação, visando o público americano e cultivando a intolerância.

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The protests across the US are a TOP issue in Russian propaganda media and hybrid platforms on social networks (the so-called “gray segment”). Online disinformation expert Donie O’Sullivan told CNN that Russia has been, is, and will long be supporting a covert disinformation campaign targeting the American audiences and cultivating intolerance.

Honestamente, a afirmação do especialista é um verdadeiro grão de verdade. A julgar pela forma como o tópico está pulsando no segmento cirílico da Internet e na mídia russa, não há dúvida de que no segmento inglês, Moscovo empregou hordas de bots e trolls russos da infame 'fábrica de trolls' de Olgino, bem como agentes de influência e afiliados entre os cidadãos dos EUA.

Nos últimos anos, observamos como as forças de segurança russas se aproveitaram de qualquer protesto, manifestação ou qualquer elemento que pudesse desestabilizar um país ou região importante para o Kremlin.

O exemplo mais impressionante é como eles exploraram uma manifestação de “coletes amarelos” aparentemente comum de agricultores e operários da França para semear o caos em Paris e além. Enquanto grupos que representam a força política financiada pela Rússia, liderada por Marine Le Pen, assumiram o papel de elemento radicalizante nesses protestos, a mídia russa e os bots on-line forneceram suporte de informações na França.

Na Espanha, foi um referendo na Catalunha, totalmente apoiado pela Rússia, que se tornou o evento mais significativo para a inteligência russa – tanto no nível da mídia quanto no político latente.

Hoje, agentes e ativos de inteligência russos estão supervisionando pró-ativamente os protestos no Montenegro, criando ondas de informação em apoio à Igreja Ortodoxa Sérvia.

Isso sem mencionar a interferência contínua da Rússia no fluxo de informações de e sobre Ucrânia (ver o caso da propaganda anti-ucraniana no Brasil).

Russian element in U.S. destabilization:

https://intercourier.com.ua/politics/russian-element-in-u-s-destabilization