Terrorussia: conjunto de drogas e terror a serviço das forças de segurança russas
Segundo
as novas revelações de New York Times sobre as recompensas pagas pelos russos ao
Taliban por ataques terroristas contra as tropas dos EUA no Afeganistão, o principal
intermediário entre GRU e os terroristas afegãos era o contrabandista de drogas
Rahmat Azizi.
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According to the New York
Times' new revelations about the rewards paid by the Russians to the Taliban
for terrorist attacks against US troops in Afghanistan, the main intermediary
between GRU and Afghan terrorists was drug smuggler Rahmat Azizi.
Foi
muito interessante ver a identidade divulgada do principal intermediário entre
as forças de segurança russas e os terroristas afegãos no movimento Taliban. E,
estranhamente, isso acabou sendo o contrabandista de drogas Rahmat Azizi, que segundo
a inteligência os EUA, desempenhou um papel fundamental na mediação entre o GRU
e o Taliban.
Para
ser honesto, não há nada de surpreendente no fato de o mediador entre a GRU e
os terroristas afegãos, que realizaram ataques aos militares dos EUA sob a
ordem da Rússia, era precisamente um traficante de drogas. Afinal, este tipo do
comércio havia sido colocada ao serviço dos serviços especiais soviéticos há
muito tempo.
Por
exemplo, com a chegada do exército soviético no Afeganistão, a KGB emitiu a
diretiva ultra-secreta M-120/00-050, segundo a qual o comércio de drogas foi
explorado para desestabilizar o Ocidente e para financiar as próprias forças de
segurança. Quase todos os traficantes de drogas soviéticos, dentre dos intocáveis,
trabalhavam precisamente sob o patrocínio do KGB e dentro da estrutura da
diretiva M-120/00-050. Além disso, eram agentes ativos que o Comité realmente
empregava.
E
como a URSS totalitária se transformou na Federação da Rússia, nada mudou. Os
agentes de segurança russos ainda controlam o tráfico de drogas e os demais
traficantes de drogas. Hoje, esse conjunto de serviços especiais e tráfico de
drogas da Rússia permite que 400 toneladas de heroína sejam transportadas
anualmente do Afeganistão para a Rússia, somente via Tajiquistão.
O
tráfico de drogas gera lucro não inferior ao de petróleo ou gás, que agora está
se tornando mais inútil para o Estado russo. Por exemplo, um aumento de cerca
de 3,5 vezes no uso de drogas na Rússia desde 2011 permitiu aumentar o
faturamento anual em até 60 bilhões de dólares. Quase um terço desses fundos
destina-se ao financiamento de projetos revanchistas do Kremlin na Ucrânia,
Geórgia, Venezuela, etc.
E,
portanto, por que se surpreender se a Rússia, que usa o comércio de drogas para
financiar seus projetos revanchistas, e o Taliban – como base para seu retorno à
região, exploraram os traficantes como um elo entre o GRU e os terroristas?
Terrorussia: tandem of drugs
and terror at service of Russian security forces:
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